Para evitar a evolução dos problemas relacionados à doença mental, um dos aspectos mais importantes é compreender e saber identificar seus sintomas. No entanto, estigmas e preconceitos sobre o verdadeiro papel da psiquiatria têm influenciado negativamente tanto a opinião como a postura da sociedade.
Para ajudá-lo na compreensão do tema e na escolha da melhor solução para vencer os problemas mentais, veja alguns mitos e verdades a respeito do tratamento psiquiátrico.
Todos os pacientes psiquiátricos são loucos
Ser um paciente psiquiátrico não significa sinal de loucura ou fraqueza, mas, sim, a necessidade de um tratamento. Tanto que nem sempre é preciso internação. Logo, não se pode dizer que a hospitalização é a única solução, pois muitos pacientes fazem o tratamento em casa e obtêm excelentes resultados.
Evidentemente, há casos de doenças mentais mais graves e que exigem internação. Porém, essa conduta pode ser temporária até que o paciente tenha condição de voltar ao convívio familiar e executar suas atividades normais.
Os hospitais não são ambientes seguros e os remédios são muito fortes
Há excelentes opções de hospitais e clínicas para tratamento psiquiátrico e que oferecem conforto e segurança aos pacientes. Além disso, não existe remédio forte: para a segurança do paciente, eles são prescritos na dosagem ideal conforme a necessidade da pessoa.
Uma mesma medicação tem diferentes apresentações, mas todas são utilizadas sob acompanhamento do psiquiatra. Durante todo o tratamento, o comportamento do paciente é avaliado periodicamente. Essa avaliação objetiva analisar a continuidade, a suspensão ou a substituição dos medicamentos.
Procurar tratamento é sinal de fraqueza
Procurar ajuda psiquiátrica não é sinal de loucura nem de fraqueza. Do contrário, essa é a postura mais correta para vencer a doença. Um transtorno mental surge em decorrência de diversos fatores. Os mais comuns são influência genética, mudanças nas funções químicas do cérebro e estresse excessivo.
Antidepressivos causam aumento de peso
De fato, os antidepressivos antigos eram mais associados ao ganho de massa corporal. Porém, os medicamentos mais modernos têm um perfil metabólico distinto e não causam impactos sobre o peso.
Esses medicamentos têm como função equilibrar a liberação de dois neurotransmissores importantes — a noradrenalina e a serotonina —, que estão relacionados diretamente aos níveis de descontrole emocional.
Remédios controlados provocam a perda da libido
A própria condição emocional, típica dos transtornos mentais, pode levar ao desinteresse pelo sexo. Todavia, o uso da medicação pode provocar reações colaterais específicas em cada indivíduo. De qualquer forma, não há comprovação científica que esses medicamentos influenciem questões relativas ao desejo sexual.
O diagnóstico correto é muito difícil
Procurar ajuda médica para um diagnóstico precoce ainda desafia boa parte da população. Entretanto, mediante a utilização de métodos modernos de diagnóstico, é possível identificar mais facilmente os problemas mentais e tratá-los o quanto antes.